Fliparacatu apresenta pluralidade da literatura brasileira em sua segunda edição

Com o tema “Amor, Literatura e Diversidade”, o evento acontece entre os dias 28 de agosto e 1 de setembro, no Centro Histórico de Paracatu/MG

O Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu – chega à 2ª edição com o tema “Amor, Literatura e Diversidade”. O evento acontece de 28 de agosto a 1.⁰ de setembro, com entrada gratuita e com espaço inclusivo, no município mineiro que fica a 500 km de Belo Horizonte e 230 Km de Brasília. A programação ocorrerá na Gira Fliparacatu, um circuito cultural, criado pelo Festival, no Centro Histórico da cidade, que contempla múltiplos espaços, cada um com sua programação específica. São mais de 60 autores convidados, entre internacionais, nacionais e locais. A curadoria é de Sérgio Abranches, Tom Farias e Afonso Borges, também idealizador e presidente do festival. Todas as atividades do Festival serão transmitidas ao vivo e em qualidade 4K pelo canal do YouTube do Fliparacatu.

A segunda edição do Fliparacatu é patrocinada pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e tem o apoio da Prefeitura de Paracatu, Academia Paracatuense de Letras e Fundação Casa de Cultura.

O Fliparacatu conta com atividades culturais acessíveis, inclusivas, antirracistas, éticas, educativas, artísticas, carregadas de conceito e de conteúdo. A diversidade é a marca do Festival que, em 2024, apresenta um mosaico representativo da sociedade brasileira: escritores e escritoras negros, indígenas e brancos, de diferentes partes do País, integram a lista plural da programação, que abrange 61 autores.

“A Kinross tem um compromisso sólido com o desenvolvimento social e cultural das comunidades onde atua. A segunda edição da Fliparacatu reforça essa missão ao promover a educação, a literatura e a diversidade em nossa região. O evento não apenas celebra a riqueza cultural de Paracatu, mas também cria oportunidades para que a comunidade local se conecte com a literatura de maneira transformadora”, diz Ana Cunha, diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da Kinross. “Acreditamos que iniciativas como essa são essenciais para o fortalecimento da identidade cultural e para o desenvolvimento contínuo de Paracatu. É uma honra para nós sermos parceiros desse evento tão significativo para a cidade”, complementa Ana.

Em sua segunda realização, o Fliparacatu tem como Autor Homenageado Ailton Krenak, e Lucas Guimaraens será o Poeta Homenageado. Com Krenak, o festival homenageia a ancestralidade e o convite para pensar no mundo sob a ótica dos povos originários. Em Guimaraens, o pensamento poético perante a vida.

Dentre os mais de sessenta escritores da programação do 2.º Fliparacatu, estão seis convidados internacionais: os italianos Roberto Parmeggiani e Igiaba Scego, o francês Emmanuelle Arioli, a cubana Teresa Cárdenas e os portugueses Djaimilia Pereira de Almeida e José Manuel Diogo. As indígenas Trudruá Dorrico e Geni Núñez também compõem a lista de autores.

Na programação nacional, estão confirmados os nomes de Ailton Krenak, Anielle Franco, Bianca Santana, Carlos Starling, Conceição Evaristo, Edney Silvestre, Eliana Alves Cruz, Eliane Marques, Estevão Ribeiro, Flávia Helena, Geni Núñez, Guilherme Amado, Itamar Vieira Junior, Jamil Chade, Jeferson Tenório, Joana Silva, Joca Terron, Juliana Monteiro, Lívia Sant’Anna Vaz, Marcia Tiburi, Marco Haurélio, Matheus Leitão, Miriam Leitão, Myriam Scotti, Paula Gicovate, Paulo Lins, Ruth Manus, Sérgio Abranches, Sérgio Rodrigues, Simone Paulino, Taiane Santi Martins, Tom Farias, Trudruá Dorrico e Zeca Camargo.

Na programação local, Alexandre de Oliveira Gama, Carol Campos de Carvalho, Daniela Prado, Helen Ulhôa Pimentel, Isaias Nery, Lara Luísa, Leonor Soares Costa, Marcos Sílvio Pinheiro, Silvano Avelar e Vanderson Roberto Pedruzzi Gaburo são os nomes presentes no 2.º Fliparacatu. Enquanto isso, a programação Infantojuvenil convida os autores Alessandra Roscoe, Leo Cunha, Rafael Nolli e Tino Freitas para integrar as palestras voltadas para os pequenos.

Assim como em sua edição de estreia, o Fliparacatu tem Afonso Arinos (1868-1916) como o Patrono do Festival. Nascido em 1.º de maio de 1868, em Paracatu, Afonso Arinos foi escritor, jornalista e jurista, além de ser um imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição que passou a integrar em 1901, na qual ocupou a cadeira de número 40, que pertenceu anteriormente a Eduardo Prado. Considerado o “Pai do Regionalismo Brasileiro”, sendo precursor da literatura regionalista no Brasil, ele retratou em suas obras a vida e a cultura do sertão mineiro, com destaque para a obra “Pelo sertão”, publicada em 1898. Afonso Arinos faleceu em Barcelona, Espanha, em 1916, durante uma viagem à Europa.

Gira Fliparacatu

Após uma edição de estreia realizada no Centro Histórico de Paracatu, o Festival Literário Internacional do município, Fliparacatu, retorna em 2024 no mesmo local. No entanto, na segunda realização do evento, a programação será dividida em mais pontos do Centro, que receberão diferentes programações. O Auditório Afonso Arinos, localizado em frente à Escola Estadual Afonso Arinos, é um dos principais pontos do Festival. Aqui, os visitantes poderão participar de palestras, debates e rodas de conversa. Indo além, a Praça da Leitura será um espaço dedicado ao relaxamento e à imersão literária. Pontos de leitura e descanso estarão espalhados pela praça, onde ocorrerão atividades interativas voltadas para todas as idades. Neste local, será possível relaxar, ler um livro ou se reunir com amigos e familiares. O coração do Festival Literário, a Livraria do Fliparacatu reunirá uma vasta seleção de títulos de autores de diferentes localidades e gêneros. Proporcionando sombra durante todo dia, o espaço ao lado da Igreja do Rosário será destinado às inúmeras sessões de autógrafos programadas.

A Praça da Economia Criativa será um dos pontos mais dinâmicos do Fliparacatu: estandes com artesanato oferecerão uma variedade de produtos manufaturados por artesãos paracatuenses, promovendo seus trabalhos e também incentivando o comércio local. Haverá um espaço no coreto, onde serão realizadas apresentações de música instrumental – chorinho e viola caipira – e outras atividades criativas a serem divulgadas. Próximo à Praça da Economia Criativa, estarão estacionados foodtrucks para atender ao público do 2.º Fliparacatu.

Durante a noite, a Casa Paracatu será palco de debates e palestras. Com um auditório montado no quintal do espaço, a Casa receberá autores e autoras da programação nacional e internacional. A programação da Academia Paracatuense de Letras será voltada especialmente para homenagear Afonso Arinos, considerado o “pai” do regionalismo na literatura brasileira. O espaço receberá debates e mesas-redondas que destacam sua obra e influência na produção literária nacional.

A Fundação Casa de Cultura apresentará a exposição “Objetos de Fé”, do Museu do Oratório, de Ângela Gutierrez. Já no Largo da Jaqueira, no dia 31 de agosto, sábado, às 22h, será realizada uma apresentação da Orquestra Ouro Preto. Paracatu será a sexta parada em 2024 do espetáculo “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”, no qual a formação mineira coloca toda sua excelência e versatilidade a serviço das canções de um dos maiores gênios da história da música brasileira. Assim como toda a programação do 2.º Fliparacatu, a apresentação da Orquestra Ouro Preto é gratuita.

A exposição “Muros Invisíveis – Professores Negros” também compõe o Festival. Bem como um dos pontos que integra o Gira Fliparacatu, a mostra guia o tema do Prêmio de Redação e Desenho do evento. É uma iniciativa do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Paracatu, pela Plataforma Semente, pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente – Caoma – e pela Associação Cultural Sempre um Papo, em parceria com a Prefeitura de Paracatu. A exposição/legado apresenta 21 retratos de professores negros da rede pública de ensino de Paracatu e tem como objetivo homenageá-los e tirá-los da invisibilidade, ao fazer um relato sobre as suas trajetórias de vida. Eles foram selecionados pelos curadores Rose Bispo e Kassius Kennedy, e os registros fotográficos foram feitos por Lucas Souza. Os painéis contêm informações biográficas acessíveis – em libras – e audiodescrição. A exposição ocupa a Praça da Matriz de Santo Antônio – Rua Dr. Sérgio Ulhôa, Centro – até o dia 15 de setembro e, como toda a programação do Fliparacatu, tem acesso gratuito.

Prêmio de Redação e Desenho

O Prêmio de Redação e Desenho, um dos momentos mais importantes do Fliparacatu, mobiliza todo o sistema educacional de Paracatu. A mostra “Muros Invisíveis: Professores Negros”, apresentada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Paracatu, a Plataforma Semente, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caoma) e a Associação Cultural Sempre um Papo, em parceria com a Prefeitura de Paracatu, será o tema do consagrado Prêmio de Redação e Desenho.

A proposta do Prêmio é estimular a criação literária e artística das crianças e dos jovens, no formato Fanfic, com o objetivo de revelar novos talentos. Os candidatos devem realizar a observação e leitura das biografias dos profissionais da educação, expostas na mostra “Muros Invisíveis: Professores Negros”, e então deverão criar um texto em formato Fanfic, alinhado ao tema “Uma História de Professor”. Dessa forma, a redação ou o desenho dos estudantes deverá contemplar uma história inventada de um(a) professor(a) negro(a).

Com prêmios em dinheiro, além de troféus, as redações e os desenhos devem ser desenvolvidos em sala de aula. A própria escola faz a seleção interna e é a responsável por enviar as produções para concorrer ao Prêmio. Além disso, os professores dos alunos premiados serão agraciados com livros escolhidos pela Coordenação. Podem participar do concurso alunos de 4 a 18 anos, de escolas públicas e privadas de Paracatu. Ao todo, são seis categorias (três para “desenho” e três para “redação”), sendo que cada uma terá 1.º, 2.º e 3.º lugares.

Neste ano, o Prêmio de Redação e Desenho do 2.º Fliparacatu abre uma nova categoria, voltada para estudantes PCDs (Pessoas com Deficiência) entre 4 e 8 anos de idade, não alfabetizados. Ou seja, estes alunos, que não dominam a linguagem escrita, podem participar com um desenho, seguindo a temática proposta pelo Festival. Os estudantes PCDs entre 4 e 8 anos participam da Categoria 1 (Desenho) – de 4 a 5 anos (Educação Infantil) –; e da Categoria 2 (Desenho) – de 6 a 8 anos (Fundamental I).  A criação de uma categoria voltada a crianças e adolescentes PCDs busca a ampliação de possibilidades para garantir e estimular as potencialidades de toda a rede educacional paracatuense, com equidade.

Acessibilidade

Todos os públicos são bem-vindos ao Fliparacatu e, por isso, há programações específicas para diferentes faixas etárias, passando por crianças, adolescentes e pelo público adulto. A fim de democratizar a participação da população, o Evento apresenta diversas formas de acessibilidade, incluindo rampas de acesso, espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida, banheiros adaptados, intérprete de libras, descrição audiovisual, beneficiando pessoas com deficiência, idosos e gestantes. As redes sociais do Festival (@fliparacatu) também são acessíveis, munindo-se de vídeos legendados e publicações com legendas alternativas.

Livraria: o coração do Festival

O espaço que compreende a Gira Fliparacatu contará com livraria, sendo protagonista do Festival. A livraria vai disponibilizar milhares de exemplares de títulos literários, que englobam os mais diversos gêneros – romance, aventura, poesia, terror, crônica, biografia, infantil e infantojuvenil. Além da venda de diversas obras, a livraria colocará em destaque os trabalhos dos autores presentes na programação do 2.º Fliparacatu.

Lançamento de livros

O Fliparacatu oferece a oportunidade de autores independentes, ou já publicados por editoras convencionais, lançarem seus livros gratuitamente no evento. A oportunidade oferece aos autores a chance de apresentarem suas obras ao público e participarem de uma sessão de autógrafos. Para participar, basta preencher um formulário – até o dia 15 de agosto de 2024 – clicando aqui. Após o preenchimento, a equipe do Evento entrará em contato para agendar a data e o horário mais adequados para cada escritor. Mais informações podem ser encontradas no site do Festival.

Apresentação da Orquestra Ouro Preto

Sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo, as cordas da Orquestra Ouro Preto abrem espaço para um diálogo com a sanfona, o triângulo e a zabumba, criando, nessa mistura única entre o erudito e o popular, uma celebração da cultura nordestina e das suas múltiplas facetas. O concerto foi recebido com entusiasmo pelo público, com duas apresentações completamente lotadas realizadas no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, e chegam a Paracatu no dia 31 de agosto, às 22h, no Largo da Jaqueira, compondo a programação do 2.º Fliparacatu.

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi um dos maiores nomes da música brasileira e, como poucos, conquistou o coração do Brasil. O cantor, compositor e sanfoneiro nasceu em Exu, no sertão de Pernambuco, em 1912, deixando um legado de canções conhecidas por muitos e regravadas mesmo após sua morte, em 1989. Em 2024, completam-se 25 anos de sua despedida.

Sua obra monumental, composta por mais de 480 composições e 1.250 gravações, é capaz de evocar as lembranças do São João, animar as festas de forró e fazem parte do imaginário coletivo do povo brasileiro.

Em “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”, a proposta é contemplar os grandes sucessos da carreira do artista e evidenciar a grandiosidade de uma obra que o fez ganhar o título de Rei. Com arranjos de Mateus Freire, o programa apresenta clássicos como “Asa Branca”, “O Xote das Meninas”, “Qui Nem Jiló”, “Vida de Viajante” e “Assum Preto”, em um repertório que celebra a alma nordestina. No palco, os músicos da Orquestra Ouro Preto têm a companhia de um autêntico trio pé de serra, que se complementam de forma a manter a essência da originalidade das canções de Gonzagão que já fazem parte do nosso imaginário coletivo.

Exposições

A exposição “Objetos de Fé Afro-Brasileiros”, do Museu do Oratório, traz peças que estiveram onipresentes no espaço colonial, nas casas, na algibeira, na mina e na senzala, fundindo fé e cultura. A curadora da mostra que apresenta objetos religiosos construídos no início da formação da sociedade brasileira é Angela Gutierrez. Para inaugurar a exposição, foi realizado um evento do Sempre um Papo, projeto de incentivo à leitura criado em 1986 por Afonso Borges, que também é o idealizador do Fliparacatu, no dia 18 de julho de 2024. A mostra “Objetos de Fé Afro-Brasileiros”, do Museu do Oratório, está aberta ao público na Fundação Casa de Cultura de Paracatu (Rua do Ávila, s/n, Centro/Paracatu) até o dia 2 de setembro.

Produzidos nos mais diversos materiais e técnicas, os oratórios são originários de Minas Gerais e do Nordeste do Brasil, alguns com apenas 5 centímetros e outros que chegam a quase 2,5 metros de altura.A exposição tem a presença de monitores para conduzir uma visita guiada educativa pela mostra em todos os dias, sendo das 9h às 13h às segundas e quartas-feiras; das 13h às 17h às terças, quintas e sextas-feiras; e das 11h às 15h nos fins de semana.

As peças compõem o acervo permanente do Museu do Oratório, localizado na cidade de Ouro Preto-MG. Inaugurado em outubro de 1998, o Museu do Oratório apresenta uma coleção única em todo o mundo de 162 oratórios e 300 imagens do século XVII ao XX. As peças do acervo foram doadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan – por Angela Gutierrez e são genuinamente brasileiras, principalmente de Minas Gerais. O acervo oferece detalhes valiosos da arquitetura, pintura, do vestuário e dos costumes da época em que foram produzidos, permitindo uma verdadeira viagem antropológica pela história do Brasil.

A exposição “Vidas em Cordel” do Museu da Pessoa também integra a programação do Fliparacatu, contando com a presença de autores cordelistas e com cabine interativa gratuita para gravação de histórias de vida dos visitantes. A mostra traz 19 narrativas individuais, sendo cinco cordéis inéditos, inspirados em personagens de Paracatu, apresentadas como obras literárias, literatura de cordel, ao mesmo tempo épicas e cotidianas. “Vidas em Cordel” é uma homenagem à arte de ouvir e contar histórias. A iniciativa é uma forma de valorizar o legado da cultura popular brasileira, como uma herança a ser transmitida e sempre reapropriada. A iniciativa é do Museu da Pessoa, um dos primeiros museus virtuais do mundo e dedicado ao registro e difusão de histórias de vida. A curadoria é assinada por um trio de artistas: o poeta e cordelista Jonas Samaúma, o cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio, e a xilogravadora Lucélia Borges. Eles marcarão presença em ações da programação do Fliparacatu e conduzirão visitas guiadas à exposição durante o festival. A exposição “Vidas em Cordel” fica em cartaz na Biblioteca Municipal René Lepesqueur  (Rua Rio Grande do Sul, 1200, Paracatu), de 28 de agosto a 3 de setembro (exceto sábado e domingo), das 8h às 18h, com entrada gratuita. Após o Fliparacatu, de 5 de setembro a 13 de outubro, a exposição seguirá em cartaz na Fundação Municipal Casa de Cultura (Rua do Ávila, s/n, Núcleo Histórico), das 8h às 18h.

Projeto Pão e Poesia

A iniciativa “Pão e Poesia”, que transforma sacos de pão em suportes literários, retorna para o 2.º Fliparacatu. Durante o período que antecede o Festival, sacos de pão personalizados com poemas são distribuídos em padarias e panificadoras da cidade, levando a literatura para mais perto das pessoas e contribuindo para o fortalecimento do comércio desses estabelecimentos.

Os versos que compõem os sacos de pão, disponíveis em tamanhos de 1 kg, 2 kg e 5 kg, são cuidadosamente selecionados e convidam os clientes a se tornarem leitores – estendendo, também, o convite para participar do Festival. Nesta edição, o Pão e Poesia celebra a literatura de Lucas Guimaraens, Poeta Homenageado do 2.º Fliparacatu. Segundo o poeta, que descreve o projeto com os substantivos conhecimento, sensibilidade e vida, existe um ciclo de autor e coautores, e os coautores são tantos quantos forem os leitores.

Convênio com o Instituto Terra

Um festival literário, como todo evento público, tem emissões de gases na atmosfera, em especial o dióxido de carbono, associadas com suas atividades. O aumento de carros e ônibus no entorno, o movimento de caminhões, a fabricação dos itens estruturais da montagem, o deslocamento dos convidados vindos de outros estados e países, utilizando transporte terrestre ou aéreo, tudo isso contribui com as emissões atmosféricas. Dentre as iniciativas possíveis para reduzir esses impactos negativos, uma delas é o plantio de árvores, buscando contribuir com a restauração florestal e o enriquecimento de solos e biodiversidades; e possibilitando o sequestro de carbono – ou, em outras palavras, o processo de retirada de CO2 da atmosfera. Essa é uma prática que os Festivais Literários de Petrópolis, Araxá e Itabira – o Flipetrópolis, o Fliaraxá e o Flitabira – já fazem. Mas agora a ideia é avançar no conceito e na ação no tocante à reparação dos danos ambientais e à captura de Gases de Efeito Estufa (GEE) – e o Fliparacatu atuará seguindo esta linha.

Em convênio firmado com o Instituto Terra, além do plantio de árvores, o Fliparacatu investirá no cultivo de plantas nativas, fundamentais para a regeneração do meio ambiente e a proteção da biodiversidade. O convênio com o Instituto Terra incrementa também um dos pontos fortes do Instituto: a educação ambiental na formação de jovens profissionais especializados. E, no futuro, o mais importante: a recuperação de nascentes, atividade que o Instituto Terra tem excelência nestes 25 anos de existência. O Instituto Terra é uma organização brasileira sem fins lucrativos que se dedica à conservação e recuperação do meio ambiente. Foi fundado em 1998 pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. A principal iniciativa do Instituto Terra é o projeto de reflorestamento da Mata Atlântica na região do Vale do Rio Doce, localizada no estado de Minas Gerais, Brasil. O projeto busca recuperar áreas degradadas e transformá-las em florestas nativas saudáveis e ecologicamente equilibradas.

Sobre o Fliparacatu

A segunda edição do Festival Literário Internacional de Paracatu acontece entre os dias 28 de agosto e 1º. de setembro, no Centro Histórico de Paracatu/MG, com entrada gratuita. O 2º. Fliparacatu tem o patrocínio da Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e tem o apoio da Prefeitura de Paracatu, da Academia Paracatuense de Letras e Fundação Casa de Cultura. O tema desta segunda edição é “Amor, Literatura e Diversidade”.

Serviço:

2.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu

De 28 de agosto a 1.º de setembro, quarta-feira a domingo

Local: programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @‌fliparacatu
Entrada gratuita

Informações: @fliparacatu