Juntos(as) pela preservação das espécies nativas!
Ajude no controle do mexilhão-dourado
O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco bivalve exótico de água doce, originário de parte da China e do sudeste Asiático, que chegou ao Brasil possivelmente pela água de lastro de Navios Cargueiros.
Possui grande capacidade de reprodução e dispersão, causando uma invasão biológica acelerada, principalmente por não possuir predadores naturais em nossa fauna.
Existem registros de grandes densidades do mexilhão, desde o início de seu estabelecimento em águas brasileiras nos anos 90, na lagoa Guaíba, nos rios Paraguai e Paraná, e mesmo na região do Pantanal.
O avanço do estabelecimento dessa espécie tem causado impactos ambientais e econômicos:
- Danos à vegetação aquática.
- Ocupação do espaço e disputa por alimento com os moluscos nativos.
- Prejuízos à pesca, já que a diminuição dos moluscos nativos reduz o alimento dos peixes.
- Entupimento de canos e dutos de água, esgoto e irrigação.
- Entupimento de sistemas de tomada de água para geração de energia elétrica (usinas hidrelétricas), causando interrupções frequentes para limpeza e encarecendo a produção.
- Prejuízos à navegação, com o comprometimento de boias, trapiches, motores e de estruturas das embarcações.
- Prejuízos a sistemas de produção aquícola em tanques-rede, encrustando-se e causando danos estruturais a gaiolas e flutuadores.
O que fazemos?
A Kinross desenvolve um programa contínuo de monitoramento e mitigação da dispersão do mexilhão-dourado em nosso rio. Atualmente, o mexilhão já está presente no trecho da foz do rio Claro até o início do reservatório da UHE Barra dos Coqueiros (trecho de aproximadamente 100km), e buscamos, através de monitoramentos regulares, verificar o avanço de dispersão do espécime.
Realizamos ações de conscientização com intuito de levar informações até a população sobre as formas de dispersão e controle, pois são fundamentais para evitar o avanço do mexilhão dourado para outros locais não colonizados, como é o caso do reservatório da UHE Caçu. Ainda na UHE Barra dos Coqueiros, implantamos um sistema de redução de incrustações, para atenuar impactos operacionais e paralizações de geração de energia, devido à necessidade de manutenção.
Não existem medidas conhecidas, até o momento, de combate direto do mexilhão no ambiente aquático, assim medidas preventivas de controle da dispersão deste invasor são as melhores práticas para evitar o avanço do seu estabelecimento.
O que você pode fazer?
É muito importante tomar algumas medidas preventivas:
- Não transporte alevinos (filhotes de peixes) de um ambiente contaminado pelo mexilhão-dourado.
- Descarte a água acumulada na embarcação ou de iscas vivas utilizadas na pescaria no mesmo local ou, quando não for possível, em terra firme. Longe de rios, lagos, galerias de drenagem e esgoto.
- Limpe e higienize a embarcação e os apetrechos de pesca. Utilize uma solução clorada (50ml de água sanitária para um litro de água).
- Instale barreiras físicas, como telas, redes ou coberturas, em tubulações e dutospara impedir a colonização do mexilhão-dourado.
- Promova a conscientização entre a população sobre a importância de prevenir a disseminação do mexilhão-dourado.
Contribua para a proteção do nosso ecossistema!
Respeite a piracema
A piracema é o período em que os peixes sobem até as cabeceiras dos rios, nadando contra a correnteza, para se reproduzirem. Em Goiás, na bacia do Paranaíba, a piracema iniciou em 1ºnovembro de 2023 e vai até 29 de fevereiro de 2024.
Regras no período da piracema
A Instrução Normativa IN 02/2020 estabelece as regras para pesca esportiva (pesque e solte) e proíbe outras modalidades de pesca nesse período. E institui ainda a cota zero até 6 de maio de 2026, que proíbe o transporte do pescado, da pesca profissional (pesca para venda dos peixes) permitindo apenas o consumo local.
As proibições têm o objetivo de garantir:
- A manutenção da ictiofauna para fins de disponibilidade do pescado, seja para alimentação, esporte, lazer e turismo.
- A variedade genética, a sanidade e a perpetuação de espécies ou mesmo a recuperação de espécies ameaçadas, como o dourado, o surubim-pintado, entre outros.
O que fazemos?
A Kinross desenvolve um programa de transposição manual ao longo dos meses de piracema. Capturamos os peixes a jusante das usinas hidrelétricas de Caçu e Barra dos Coqueiros e soltamos a montante, nos reservatórios das UHEs, para que os espécimes possam seguir seu instinto reprodutivo natural.
O que você pode fazer?
- Conheça e respeite as leis de pesca locais que regulamentam a piracema.
- Se testemunhar atividades ilegais durante a piracema, denuncie às autoridades locais para garantir a aplicação da lei.
- Colabore em iniciativas de limpeza de rios e lagos para preservar os habitats aquáticos e manter um ambiente propício para a reprodução.
Contribua para a proteção do nosso ecossistema!
Quer saber mais?
Confira aqui a cartilha de Orientações para Atividade de Pesca em Goiás.
E para emitir sua licença de pesca, clique aqui.
Quer saber mais como funcionam nossas hidrelétricas? Veja o vídeo: