O belo trabalho de preservação da biodiversidade de Paracatu

Ações envolvem parcerias com universidades, comunidades vizinhas e instituições

Um esforço conjunto da iniciativa privada, universidades, instituições locais e estaduais ea comunidade está conseguindo preservar a biodiversidade do Cerrado na região de Paracatu, município no noroeste de Minas Gerais. A articulação desse trabalho está a cargo da Kinross, mineradora de ouro que atua na região. Um dos principais indicadores do sucesso do trabalho é o registro de espécies silvestres típicas da região, algumas até em risco de extinção. Tamanduá, veado, onça-parda, lobo-guará, anta e até o cachorro-vinagre podem ser vistos pelas áreas de responsabilidade da mineradora.

Boa parte do trabalho se dá na recuperação ambiental por meio da adoção de um conjunto de medidas, ferramentas, técnicas e materiais, nas áreas que já foram utilizadas na operação da mineração.

Uma dessas ações são a revegetação, que recuperam o ecossistema para níveis similares ou até melhores que antes da implantação das atividades minerárias.

Outra ação é a chamada nucleação, uma técnica que consiste na deposição de “núcleos” de topsoil, que é a camada superficial do solo retirada de um determinado local para, por exemplo,a abertura de via de acesso ou mesmo de área de mineração. O material retirado é colocado em um local para ser utilizado no momento da recuperação ambiental. Os “núcleos” são montes destetopsoil dispostos em determinada área que se quer recuperar. Entre esses montes, também são realizados o plantio de mudas de espécies nativas com capacidade de melhorar o ambiente, facilitando a ocupação da área por outras espécies. A técnica também contempla a implantação de poleiros para aves bem como a deposição de galhos secos, em uma combinação de elementos que contribuem para a recuperação da área.

 

Tamanduá fêmea, carregando seu filhote, foi registrada pelas câmeras de monitoramento de animais

Com isso, houve a redução da fragmentação do ecossistema e a conexão de áreasantes isoladas. A maior riqueza e diversidade de vegetaçãonestes locaiscontribui para o deslocamento da fauna e da flora entre elas, promovendo o retorno e o desenvolvimento de diferentes espécies e o retorno de animais silvestres.

Aliadas de todos os trabalhos, as ações de fiscalização para prevenção de incêndios e a avaliação de cercas para evitar a presença de espécies invasoras, como os bovinos de propriedades rurais vizinhas, foram fundamentais, já que o gado pode compactar o solo e dificultar o desenvolvimento de espécies vegetais.Em paralelo, o manejo e monitoramento da fauna e da flora realizados pela Kinross em suas áreas de proteção tem contribuído, ao longo dos anos, para a preservação da biodiversidade regional.

Cachorro-vinagre

Em uma das atividades de monitoramento de fauna conduzidas pela Kinross, o cachorro-vinagre foi encontrado na reserva do São Domingos, uma das unidades de preservação da mineradora. A espécie, que está sujeita à extinção, possui grande relevância ecológica. Sendo assim, o registro é mais uma prova da importância da manutenção de áreas de vegetação nativa e dos corredores ecológicos. Além disso, o registro do cachorro-vinagre ressalta a relevância das reservas legais para a conservação da biodiversidade.

Uma família de cachorros-vinagre explorando a reserva de São Domingos. À direita, destaque para as características peculiares do animal

O cachorro-vinagre (Speothos venaticus) é ummamífero pertencente à família dos canídeos. Também é conhecido como raposa-do-mato, cachorro-do-mato-vinagre ou cão-vinagre. Possui tamanho médio, com aparência semelhante à de uma raposa. Tem pelagem espessa e curta, de cor marrom avermelhada ou avermelhada escura (daí o nome “vinagre”). Sua cauda é longa e densamente peluda, suas orelhas são arredondadas e o focinho alongado. É encontrado em algumas regiões da América Central e América do Sul, incluindo partes do Brasil, principalmente na região amazônica, em áreas de floresta tropical. Também pode ser encontrado em alguns outros biomas do país, como o Cerrado e a Mata Atlântica, embora em menor número.

Academia presente

O trabalho de conservação e preservação nas áreas de responsabilidade da Kinross conta com o apoio fundamental dos técnicos da academia. Atualmente, a mineradora possui parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), para desenvolver projetos de pesquisa relacionados, dentre outros objetivos, à melhoria dos processos de revegetação de áreas que progressivamente deixarão de serem utilizadas. Além disso, está sendo realizadoo monitoramento científico de diferentes processos de recuperação ambiental conduzidos na região. Em outra frente, está sendo viabilizada parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com o objetivo de realizar um levantamento e o monitoramento das espécies de mamíferos não-voadores de médio e grande porte da região.

O diretor de Sustentabilidade e Licenciamento da Kinross, Alessandro Nepomuceno, comenta sobre o legado que o trabalho vai deixar. “Minerar de forma segura e responsável é valor e diretriz para todas as nossas ações. E isso incluia preservação do meio ambiente”, diz. “O trabalho conjunto e o comprometimento com a preservação do meio ambiente em Paracatu tem impacto direto na qualidade de vida da população do presente e das próximas gerações”, avalia Alessandro.

Participação da comunidade

Com o objetivo de promover a participação da comunidade no processo de recuperação de áreas degradadas, foram criados viveiros florestais para a produção de mudas de espécies nativas. O projeto denominado “Viveiros Comunitários”, iniciado em 2017 na comunidade de Santa Rita, em Paracatu/MG, envolveu a construção de 20 viveiros florestais na região, bem como o fornecimento de todos os materiais e insumos necessário.

Morador da comunidade dá manutenção no viveiro de mudas. À direita, moradores recebem treinamento sobre a coleta de sementes e o plantio das mudas

As mudas produzidas nestes viveiros são utilizadas na recuperação das áreas degradadas e os produtores rurais e associações comunitárias são remuneradas por unidade. O objetivo foi envolver a comunidade no processo, contribuindo para garantir a sustentabilidadedo projeto no longo prazo.

Atualmente, os viveiros produzem cerca de 10.000 mudas por ano. Desde o início do projeto, em 2017, a Kinross já adquiriu 60.000 mudas nativas da região que foram plantadas em áreas de recuperação ambiental e distribuídas para a população. Além disso, o programa gerou cerca de R$ 420.000,00 de renda para os produtores da comunidade Santa Rita.

Proteção de nascentes

Desenvolver a consciência coletiva sobre o valor e a importância da preservação das nascentes. Com esta premissa, nasceu em meados de 2009 o ‘Projeto Espalha’, iniciativa da Kinrosscom o objetivo deproteger as nascentes do Córrego Espalha, garantindo a vazão do Córrego Rico, e a preservação ambiental da Bacia do Espalha, conciliando com as atividades agropecuárias já existentesde maneira sustentável. O projeto previa o cercamento de nascentes, protegendo os olhos d´água, evitando o pisoamento do rebanho e contou com o apoio fundamental dos proprietários rurais.

Os resultados positivos na bacia do Espalha serviram de impulso para a busca de objetivos ainda mais transformadores. Assim, a Kinross, Mover e Instituto Estadual de Florestas (IEF) fundaram o Projeto de Proteção das Nascentes e Veredas da Bacia do Rio Paracatu, o mais importante afluente do Rio São Francisco.Desde 2010, já foram cercadas 237 nascentes em 170 propriedades rurais, com a instalação de aproximadamente 144 km de cercas, totalizando 1.856 hectares de áreas protegidas.

Cercamento de nascentes nas propriedades é fundamental para a manutenção dos olhos d´água

Parque Estadual

O Parque Estadual de Paracatu nasceu em 2011, após a regularização fundiária e doação da área,pela Kinross, para a sua criação como forma de compensação florestal. Administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), a unidade de conservação possui a importante função de preservar a fauna e flora da região, proteger os recursos hídricos da área e assegurar a biodiversidade local.

A Kinross investe na infraestrutura do Parquepor meio de obras civis, doação de maquinários e equipamentos. Atualmente,a mineradora está construindo trilhas ecológicas na área do Parque, com o objetivo de contribuir diretamente com o fortalecimento do ecoturismo na região.

Moradores de Paracatu participam da Corrida da Água 2023 no Parque Estadual de Paracatu

Nessas oportunidades, são repassadas informações sobre o bioma local, fauna e flora, bem como sobre a importância da preservação dos recursos hídricos.

O evento de observação de aves, também realizado no Parque Estadual de Paracatu, proporcionaaos participantes o contato com a natureza e levaconhecimento sobre as espécies e a conscientização sobre a importância da sua conservação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Educação ambiental

A educação é um importante aliado da preservação da biodiversidade. Por isso, a Kinross, como parte do seu Programa de Educação ambiental, promove relacionamento com a instituições de ensino, com palestras de temas ambientais e de mineração à diversas universidades e escolas do município. Nas escolas públicas da região, por exemplo, a temática da sustentabilidade é tratada com os alunos por meio do projeto “Contar e Recontar Histórias para Encantar e Transformar Ideias”, que oferece oficinas ecoliterárias e apresentações teatrais. O projeto incluiu ainda um Concurso Cultural, o Prêmio Integrar Verde, que surgiu para complementar as ações de conscientização com a proposta de levar para casa o que foi repassado nas oficinas.

O Cerrado de Paracatu

Em outubro, mês de aniversário de Paracatu, quando a cidade completou225 anos, a população recebeu um belo presente. Trata-se da publicação Cerrado de Paracatu, patrocinado pela Kinross. O livro traz um registro fotográfico fantástico da fauna e flora, além de informações fundamentais que conduzem o leitor a um verdadeiro passeio pela natureza do maior bioma do Brasil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nossos canais de relacionamento com a população
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Informações para a imprensa: 

Marco Paulo Bahia – (31) 99165-4566 (marco.bahia@oficina.ci)