Programa Integrar
Plataforma de investimento social da Kinross tem foco na Educação e na Economia da Cultura
Completando 13 anos de existência, o Programa Integrar, plataforma de investimento social da Kinross, está consolidado na história de Paracatu. Para celebrar, um encontro realizado na Casa Kinross nesta quinta-feira, dia 4/7, reuniu lideranças comunitárias, empregados, representantes de instituições socioculturais da cidade, imprensa e poder público para acompanhar um balanço dos resultados do programa e participar das discussões a respeito do Integrar, das Leis de Incentivo e da Economia da Cultura.
Os focos da plataforma seguem os mesmos: Educação, Educação Ambiental, Cultura e Geração de Trabalho e Renda. Contudo, o programa buscará também fomentar o eixo de Geração de Trabalho e Renda por meio da profissionalização cultural, dentro da perspectiva da Economia da Cultura.
“Depois de mais de uma década de projetos, foi a hora de revermos as estratégias do Integrar para garantir um maior alinhamento entre as ações dos eixos prioritários e as necessidades do território para que o Programa continue contribuindo para o desenvolvimento da nossa cidade”, explica a diretora de diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social da Kinross, Ana Cunha.
A “Economia da Cultura” permeou as falas dos convidados do encontro. José Márcio Barros, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC-Minas, falou sobre a importância do investimento na cultura.“A cultura foi bombardeada, como se fosse uma área que todo artista fazedor de cultura ficasse dependendo do estado. Não é isso. O incentivo fiscal é política indutora de desenvolvimento”, afirmou o professor.
Suellen Moreira, diretora de Desenvolvimento Institucional da Orquestra Ouro Preto e conselheira da Associação Brasileira de Captação de Recursos, fez uma apresentação sobre a importância do Incentivo Fiscal como impulsionador da cultura. Suellen deu uma explanação com dados para mostrar que os incentivos acontecem em diversos setores da economia. A diretora da orquestra mostrou ainda, com números, como um financiamento na cultura, incentivado por leis ou realizado de forma direta, impacta positivamente toda a cadeia do setor, gerando trabalho, renda, impostos e desenvolvimento. “A gente precisa olhar para a cultura como um negócio, um segmento econômico que faz diferença, do qual nós somos parte dessa engrenagem e contribuímos dessa forma com a economia local”, afirmou Suellen.
Economia da Cultura
A cultura de Paracatu é rica nas tradições, nos saberes e fazeres, na literatura, música e dança e várias outras manifestações. Cultura não é apenas um conceito ou elemento simbólico, mas também uma força que impulsiona a economia criativa, com reflexos na cidade, movimentando os bares, restaurantes, hotéis, serviços e comércio em geral, gerando mais empregos e renda para a população.
Em abril de 2023, o Observatório Itaú Cultural divulgou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas do Brasil, revelando que o setor se equipara a segmentos tradicionais da economia.O levantamento considerou dados entre 2012 e 2020. O menor PIB da Cultura, segundo a pesquisa, aconteceu em 2016, com 2,29% e o maior registrado aconteceu no último ano do levantamento em 2020 e registrou 3,11%, contribuição similar a setores tradicionais da economia, como a construção, a indústria extrativa e transporte que, em 2020, alcançaram 3,6%, 3,1% e 3,6% respectivamente.
“Investir em cultura contribui para promover a diversidade e o bem-estar social”, afirma Ana Cunha. “Ao impulsionar este importante setor, investimos em seu potencial, na economia local e contribuímos para construir um futuro mais vibrante e inclusivo para todos”, conclui Ana.
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