Em um esforço para melhor compreender e fornecer informações sobre o arsênio aos moradores de Paracatu, a Kinross tem apoiado projetos de investigação extensos, executados por equipes multidisciplinares de especialistas líderes em arsênio que examinaram a exposição global de arsênio na poeira, solo, água e alimentos. Os estudos verificaram que a exposição ao arsênio em Paracatu é considerada baixa.
Saiba mais sobre os Estudos sobre o Arsênio realizados em Paracatu
Estudo do Centro de Tecnologia Mineral do Rio de Janeiro (CETEM)
As conclusões do estudo do CETEM, com base em estudos epidemiológicos extensos (análises de urina, sangue e amostras de cabelo) de aproximadamente 800 moradores, consideraram “baixa” a exposição humana ao arsênio em Paracatu.
Os níveis de exposição em Paracatu foram inferiores aos níveis médios encontrados nos EUA, e semelhantes aos de outras cidades no estado de São Paulo sem histórico de exposição ao arsênio. As taxas de câncer em Paracatu são comparáveis às de outras cidades do Brasil e os investigadores do CETEM não encontraram nenhuma evidência de arsenicose, lesões de pele mais comumente associadas ao envenenamento crônico por arsênio.
Em relação à poeira em suspensão, o estudo do CETEM aponta níveis de arsênio comparáveis aos de outras cidades da Europa e bem abaixo das normas norte-americanas. As amostras colhidas pelo estudo do CETEM mostraram que a qualidade da água imediatamente à jusante da barragem de rejeitos está dentro dos limites regulamentares, e a análise do CETEM não encontrou nenhuma contaminação das águas subterrâneas decorrente das operações da Kinross.
Embora a Kinross tenha usado o CETEM no passado para a realização de trabalhos técnicos relativos à coleta de ouro, isso não deve prejudicar a independência do CETEM ou a de seus especialistas.
Em conformidade com o pedido da Prefeitura Municipal de Paracatu, o CETEM coordenou suas operações para formar uma equipe de 70 pesquisadores da área científica, e apresentou uma proposta de trabalho em 2010 para a “Avaliação da Contaminação Ambiental por Arsênio e Estudo Epidemiológico da Exposição Ambiental Associada em População Humana de Paracatu-MG”.
Os pesquisadores foram convidados com base em sua especialização em toxicologia ambiental, epidemiologia, toxicologia clínica, medicina ambiental, química ambiental, geoquímica ambiental, avaliação de riscos para a saúde humana e o meio ambiente, entre outros, como pode ser visto pela Equipe Técnica. Os estudos começaram em março de 2011, com a liberação da primeira parcela dos recursos, e terminou em dezembro de 2013.
Clique aqui para ver o estudo atualizado do CETEM (PDF)
Estudo INCT-Acqua
O estudo coordenado pelo INCT, UFMG e Universidade de Queensland, na Austrália, revelou através de análises químicas que as concentrações de arsênio em Paracatu estão dentro dos limites de segurança aceitos nacional e internacionalmente.
O Instituto INCT-Acqua foi estabelecido por um programa criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de institutos na vanguarda do conhecimento científico e tecnológico em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do País. Com uma equipe multidisciplinar do Brasil e no exterior, o INCT-Acqua oferece uma abordagem sistêmica e integrada dos problemas decorrentes da relação de atividades minerais e metalúrgicas com a qualidade da água, solo, ar e biodiversidade aquática.
Os resultados do projeto são independentes e seus autores acadêmicos altamente respeitados. O projeto em Paracatu é liderado pelos professores Virginia Ciminelli, engenheira química da Universidade Federal de Minas Gerais, Massimo Gasparon, geoquímico da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Queensland (Austrália) e Professor Jack Ng, toxicologista certificado de renome internacional do Centro Nacional de Investigação em Toxicologia Ambiental da Universidade de Queensland.
Tendo passado os últimos seis anos estudando arsênio em Paracatu, apresentando as suas principais conclusões em conferências internacionais sobre arsênio em revistas e jornais, a equipe de pesquisa foi capaz de fornecer uma avaliação objetiva e exposição de base científica do arsênio em Paracatu.
Resultados dos exames anuais de arsênio dos empregados
Em relação a empregados, a Kinross oferece exames de arsênio anual para todos os seus empregados. Os resultados são comunicados aos empregados durante seus exames médico periódicos. Exames de urina em cerca de 1.418 amostras por ano desde 2012, indicaram que todos os empregados testados estavam com níveis de triagem abaixo de 50 µ g/g de Creatinina para exposição ao arsênico, que é o limite permitido de exposição ocupacional brasileira (NR-07 – Norma Regulamentadora brasileira – Ministério do Trabalho, 1994). Níveis abaixo de 10 μg/gC são considerados como não expostos. Dos 7.093 testes realizados entre 2012 e 2016, 78% tinham valores de arsênio menores de 10 μg/gC, 97% menores que 20 μg/gC e 100% menores que 40 μg/gC. Para comparação, note-se que depois de uma refeição com frutos do mar, o nível de arsênio na urina pode ser superior a 200 µ g/gC, sendo que o índice tende a diminuir para menos de 35 µ g/gC após um período de 1 a 2 dias.
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